Como os sonhos funcionam e por que o cérebro os produz?

Como os sonhos funcionam? Por que nosso cérebro cria narrativas enquanto dormimos, misturando emoções, memórias e imagens tão intensas? A ciência ainda não oferece respostas definitivas, mas avanços na neurociência e na psicologia cognitiva lançam luz sobre esse fenômeno tão comum quanto misterioso.

O que acontece no cérebro durante o sono REM?

A maioria dos sonhos ocorre na fase REM (Rapid Eye Movement), quando o cérebro está extremamente ativo. Essa fase surge em ciclos ao longo da noite e é marcada por movimentos oculares rápidos, relaxamento muscular profundo e intensa atividade cerebral. É nesse momento que sonhamos com maior intensidade, e as regiões do cérebro ligadas às emoções, memórias e criatividade ficam em plena atividade. É nesse ponto que se torna mais claro como os sonhos funcionam.

Funções dos sonhos: teoria e evidências

Existem diversas teorias sobre o papel dos sonhos. Uma das mais aceitas sugere que eles ajudam na consolidação da memória e no processamento emocional. Ao simular situações, o cérebro poderia “ensaiar” respostas a eventos futuros, testar cenários e organizar experiências vividas.

Outra teoria considera os sonhos como subprodutos da atividade cerebral durante o sono, sem função específica, mas reflexo da tentativa do cérebro de dar sentido aos sinais internos aleatórios.

Por que alguns sonhos parecem tão reais?

Durante o sono REM, a região do cérebro associada à percepção sensorial permanece ativa, enquanto áreas responsáveis pelo pensamento crítico são suprimidas. Isso explica por que aceitamos absurdos nos sonhos como se fossem normais e, ao mesmo tempo, por que eles podem parecer incrivelmente reais.

Pesadelos e sonhos lúcidos

Pesadelos são sonhos carregados de emoções negativas intensas, como medo, angústia ou tristeza. Podem estar ligados ao estresse, traumas ou alterações químicas no cérebro. Já os sonhos lúcidos ocorrem quando a pessoa se dá conta de que está sonhando, podendo, em alguns casos, controlar o conteúdo do sonho. Observar como os sonhos funcionam nesse contexto ajuda a entender seu potencial terapêutico.

Os sonhos têm significado?

Essa é uma das questões mais debatidas desde Freud. A abordagem psicanalítica propõe que os sonhos revelam desejos inconscientes. Já as abordagens cognitivas veem os sonhos como um espelho da mente em atividade, refletindo preocupações, emoções e experiências recentes. Embora o simbolismo onírico ainda seja explorado em diversas culturas, a ciência tende a tratá-lo com cautela.

Sugestão literária

Sugestão literária -  como os sonhos funcionam

A Interpretação dos Sonhos

Nesta obra clássica, Freud propõe que os sonhos são manifestações simbólicas do inconsciente, trazendo à tona desejos reprimidos.

Por Que Sonhamos?: A Psicologia do Sonho

Neste livro, Lannoy Dorin apresenta uma introdução acessível à psicologia dos sonhos, explorando suas funções, interpretações e significados. Com base nas teorias de Freud, Jung, Fromm, Boss e abordagens espiritualistas, o autor oferece uma visão abrangente sobre como os sonhos refletem nossos medos, desejos e experiências inconscientes. A obra serve como um guia prático para aqueles que desejam compreender melhor o universo onírico e seu impacto no autoconhecimento

Perguntas Frequentes

Por que sonhamos?

Sonhamos principalmente durante o sono REM. Os sonhos podem ajudar a processar emoções, consolidar memórias ou refletir atividades cerebrais aleatórias.

O que são sonhos lúcidos?

São sonhos nos quais a pessoa percebe que está sonhando e, em alguns casos, consegue controlar o conteúdo do sonho.

Sonhos têm significado?

Depende da abordagem. A psicanálise considera que sim; a neurociência os interpreta como reflexos de atividades mentais e memórias.

Todos os sonhos acontecem no sono REM?

Principalmente, mas não exclusivamente. Algumas fases do sono não REM também geram sonhos, geralmente menos vívidos.

É possível controlar o que sonhamos?

Com treino, algumas pessoas conseguem induzir sonhos lúcidos, aumentando o controle sobre o conteúdo onírico.